IMPLANTES DE LIBERAÇÃO DE CORTICOSTEROIDES PARA O MANEJO DA RINOSSINUSITE CRÔNICA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
Palavras-chave:
Rinossinusite Crônica, Corticosteroides, Implantes FarmacêuticosResumo
INTRODUÇÃO: A rinossinusite crônica (RSC) é uma inflamação persistente dos seios paranasais que afeta a qualidade de vida. O tratamento padrão, com corticosteroides tópicos e cirurgia endoscópica sinusal, apresenta limitações devido à recorrência frequente. Implantes liberadores de corticosteroides surgem como alternativa promissora por oferecerem liberação local contínua. OBJETIVOS: Analisar de maneira sistemática a eficácia do uso de implantes nasais de corticosteroides para o manejo de rinossinusite crônica. METODOLOGIA: As bases de dados PubMed, EMBASE e Cochrane foram pesquisadas sistematicamente para identificar estudos que compararam implantes farmacêuticos de corticosteroides a tratamentos convencionais na rinossinusite crônica e que relataram: (1)Formação de pólipos, (2)Obstrução nasal, (3)Formação de aderência, (4)Escore de Lund-Kennedy. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Foram incluídos oito estudos (n=886). De forma consistente, os implantes liberadores de corticosteroides reduziram a obstrução nasal e a formação de pólipos, como. A formação de aderências mostrou-se, em geral, não significativamente diferente entre os grupos. O escore de Lund-Kennedy apresentou melhora em 1 dos trabalhos, não tendo diferença no restante. Estudos recentes sugerem os benefícios de (CEI) na ESS para pacientes com RSC, o funcionamento da melhora pode ser atribuído à diminuição da inflamação e agitação sinusal causada pela ESS, que podem causar os desfechos analisados. Uma possível alternativa ao CEI seria uma “repeat endoscopic surgery for chronic rhinosinusitis”, entretanto há evidências recentes de que ambas possuem mesma eficácia, no entanto o implante seria uma opção de mais baixo custo. O estudo realizado apresenta limitações, dentre elas cita-se o fato de que alguns estudos apresentaram uma amostra muito pequena, o que pode levar ao enviesamento dos resultados. Alguns dos artigos com maior amostra não apresentaram desfecho de obstrução (risco de viés) CONCLUSÃO: Os estudos analisados apontam que os CEI são uma proposta de tratamento seguro e eficaz no manejo do pós-operatório de pacientes com RSC, sendo superiores às terapias não farmacológicas na redução de intervenções após o procedimento cirúrgico, formação de pólipos e aderências. No entanto, é crucial reconhecer as limitações da literatura, com alguns vieses importantes, que impedem a avaliação dos benefícios a longo prazo e de forma concreta.
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