INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL COMO FERRAMENTA DE APOIO À SAÚDE MENTAL NO CONTEXTO EDUCACIONAL E CORPORATIVO
Palavras-chave:
Inteligência Artificial;, Saúde Mental, Educação em Saúde, Saúde OcupacionalResumo
INTRODUÇÃO: A inteligência artificial (IA) teve início em meados do século XX e, desde então, evoluiu de sistemas mais simples para tecnologias avançadas baseadas em aprendizado profundo e modelos generativos. Essa trajetória possibilitou sua aplicação em diferentes áreas, com destaque para a saúde mental. Atualmente, a IA contribui para a identificação precoce de sintomas de depressão, ansiedade e risco de suicídio, além de permitir a análise de grandes conjuntos de dados e a oferta de estratégias personalizadas de cuidado. Entre as ferramentas disponíveis, destacam-se chatbots e assistentes virtuais, que vêm sendo utilizados no suporte emocional, na psicoeducação e no acompanhamento contínuo de pacientes, favorecendo a redução de sintomas e o aumento do engajamento terapêutico. A relevância dessas inovações se reforça diante da expressiva prevalência de transtornos mentais na população mundial, especialmente ansiedade e depressão, que impactam diretamente o rendimento acadêmico, aumentam a evasão escolar, prejudicam relações interpessoais e, no ambiente de trabalho, estão associados à queda de produtividade, ao absenteísmo e a elevados custos relacionados a afastamentos. OBJETIVO: Analisar o papel da inteligência artificial como ferramenta de apoio à saúde mental em contextos educacionais e corporativos, identificando benefícios, limitações, riscos éticos e implicações para políticas de bem-estar. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura fundamentada na busca nas plataformas digitais SciELO, PubMed e BVS. Em posterior pesquisa das palavras-chaves no 'Descritores em Ciência em saúde’(DeCS) em conjunto com operador booleano AND, foram selecionados artigos condizentes com o tema. RESULTADOS e DISCUSSÃO: A IA é promissora no apoio à saúde mental, permitindo monitoramento contínuo, intervenções personalizadas e maior acesso a cuidados. Seus benefícios incluem prevenção precoce, redução de custos e fortalecimento de políticas institucionais. Chatbots, assistentes virtuais e sistemas de aprendizado de máquina identificam sinais de ansiedade e depressão, promovendo intervenções rápidas e aumentando engajamento. Limitações técnicas, riscos éticos, privacidade de dados e necessidade de supervisão profissional são desafios importantes. A IA deve complementar, não substituir, a atuação de profissionais e subsidiar políticas mais eficazes. CONCLUSÕES: A IA oferece intervenções personalizadas, monitoramento contínuo e ampliação do acesso a cuidados em ambientes educacionais e corporativos, permitindo prevenção precoce, redução de custos, fortalecimento de políticas institucionais e maior engajamento dos usuários. É essencial considerar limitações, riscos éticos e supervisão profissional, garantindo que a IA complemente práticas humanas essenciais. Dessa forma, configura-se como aliada estratégica na promoção da saúde mental e eficiência institucional.
Downloads
Referências
1. CHEN, L. et al. Artificial intelligence in educational mental health: a systematic review of the literature. Educational Psychology Review, v. 36, n. 1, p. 25, 2024.
2. GARCÍA-MADURGA, M. Á. et al. The impact of artificial intelligence on employee well-being: a systematic review of the literature. European Journal of Work and Organizational Psychology, v. 33, n. 2, p. 165-181, 2024.
3. HE, K. Generative artificial intelligence: a historical perspective. National Science Review, v. 12, n. 5, p. nwaf050, 2025.
4. HIRANI, R. et al. Artificial Intelligence and Healthcare: A Journey Through History, Current Innovations, and Future Possibilities. Life, v. 14, n. 5, p. 557, 2024.
5. LEE, H. et al. Artificial Intelligence for Mental Healthcare: Clinical Applications. Psychiatry Investigation, v. 18, n. 6, p. 485-497, 2021.
6. LIBERATORE, F. et al. Using artificial intelligence to promote mental well-being in higher education: a systematic review. Computers & Education, v. 221, p. 105021, 2024.
7. NI, J. et al. Artificial intelligence for mental health and substance use disorders: a systematic review and meta-analysis of prediction models. The Lancet Digital Health, v. 7, n. 1, p. e54-e68, 2025.
8. SHAPIRO S.C. Artificial intelligence. In: Shapiro SC. (ed) Encyclopedia of Artificial Intelligence, vol.1, 2nd end. New York: Wiley, 1992.
Publicado
Edição
Seção
Categorias
Licença
Copyright (c) 2025 Veronica Custodio da Silva, Júlia Santos Lima, Maria Eduarda Turcio Fenato, Eduarda Nunes Souza, Ketlen Kellen Silva, Maria Luisa Paula e Silva, Lucas Borges Silva, Izabela Silva Rezende (Autor)

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
As licenças de usuário definem como os leitores e o público em geral podem usar o artigo sem precisar de outras permissões. As licenças públicas do Creative Commons fornecem um conjunto padrão de termos e condições que os criadores e outros detentores de direitos podem usar para compartilhar obras originais de autoria e outros materiais sujeitos a copyright e alguns outros direitos especificados na licença pública disponível em https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR. Ao usar a 4.0 International Public License, a IFMSA Brazil concede ao público permissão para usar o material publicado sob os termos e condições especificados acordados pela revista. Ao exercer os direitos licenciados, os autores aceitam e concordam em obedecer aos termos e condições da Licença Pública Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.