ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE TOXOPLASMOSE GESTACIONAL, EM SERGIPE, NOS ANOS DE 2019 A 2025
Palavras-chave:
Estudo Epidemiológico, Toxoplasmose, Toxoplasmose GestacionalResumo
INTRODUÇÃO: A toxoplasmose é uma infecção causada pelo protozoário Toxoplasma Gondii que, quando transmitida ao feto durante a gestação, pode causar complicações como microcefalia e óbito fetal. Nesse contexto, a análise epidemiológica torna-se essencial para orientar o cuidado em saúde materno-infantil. OBJETIVO: Analisar a incidência e os fatores associados à Toxoplasmose Gestacional no estado de Sergipe, entre 2019 e 2025. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico, baseado nos dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponíveis no TABNET/DATASUS. Estes são datados entre o período de 2019 a 2025. Foram incluídas gestantes com diagnóstico de toxoplasmose em Sergipe, avaliando-se variáveis como faixa etária, escolaridade, trimestre gestacional e critério diagnóstico. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram notificados 947 casos no estado de Sergipe. Com 21,8% (207 casos) do total, 2023 foi o ano com maior número de notificações da doença, o menor registro foi em 2025 (Ano ainda não finalizado), com 3,16% dos relatos. Em todos os anos, a maior prevalência ocorre nas gestantes das faixas etárias entre 20-39 anos (76%). A maioria das gestantes apresenta Ensino Fundamental Incompleto, com suas variações, representando 25,4% do total de casos. Do outro lado, a menor taxa da infecção ocorre nas mulheres com Educação Superior Completa, representando 3% do total. Clinicamente, o segundo trimestre de gestação é o mais incidente, com 48,9% da quantidade de casos, seguida do terceiro trimestre (30,8%) e do primeiro trimestre (19,6%). Ademais, cinco pacientes têm a idade gestacional ignorada. Embora a maioria dos casos, independente do trimestre de gestação, tenha sua evolução ignorada, a maior parte das gestantes que contraem toxoplasmose durante a gestação concebem seus bebês curados, devido ao acompanhamento pré-natal. Não há registros de óbitos pela doença, apenas por outras causas. Mesmo que 160 casos tenham a resposta ignorada (16,8%), a maior parte dos casos de Toxoplasmose Gestacional é diagnosticada por exames laboratoriais (81,94%), apenas 1,16% é diagnosticada através do exame clínico-epidemiológico. CONCLUSÃO: Portanto, esses achados sublinham a importância de um pré-natal bem feito e acompanhado para a prevenção de diversas consequências e sequelas nos bebês das mulheres atingidas pela toxoplasmose, além de garantir a prevenção e o bom direcionamento daquelas que nunca entraram em contato com o protozoário.
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